Ha' um ano e uns meses.
Obrigado por virem ca', mesmo quando isto anda cheio de teias de aranha.
Logo ha' mais uma sessao de cinema no Bryant Park, desta vez a Pantera cor de rosa original, por isso amanha deve haver que contar...
31 de julho de 2006
20 000 marmelos
posto pelo Alexandre às 21:48 1 comentários
28 de julho de 2006
eu nao sei...
... mas tenho impressao de que, se fosse o caso, votaria neste senhor.
Bom fim de semana!
posto pelo Alexandre às 19:57 1 comentários
27 de julho de 2006
Mana's opinion
pois é ... ainda bem q estamos de acordo! o rui rio acabou c a mama da família Alves Costa!!! sabes q era a irmã dele q estava À fr do Rivoli? e q foi la, q a filha mostrou pela 1ª x o filme q fez sobre a obra do Siza em Moçambique... ou num desses paises africanos?
E pior.. li algures q aquela treta custa cerca de 7500€/dia.. e q o estado paga parte e a outra parte era paga pela camara.. afinal o rio ate tem razão!!!
mas bom, na 2ª la foi a classe toda de esquerda para a rua, Bloco incluido, a defender o Rivoli!! Alguém disse q aquilo ia ser vendido? q eu saiba não!! só se vai dar a explorar a privados... cambada de coir****, tudo a mamar do mesmo sitio, tudo c entradas à borla... vai ser tramado terem d pagar p la voltar!!!
Ass. A Mana
[escrito 'a pressa, mas ela sabe do que fala]
posto pelo Alexandre às 23:49 1 comentários
26 de julho de 2006
Harlem Nocturne
Semana passada, fim de tarde, lá fomos ao Central Park participar em mais uma tradição novaiorquina: os concertos da Filarmónica no Parque. Mais um festival de Verão a la NYC, tudo com o lençol na relva do Great Lawn, alguns com banquetes de vinho, nozes e queijo, tudo a relaxar e à espera da música, que não se via (dada a dimensão do espaço). Ouvem-se as primeiras notas, e começa a chover, ao mesmo tempo. Alguns levantam-se, mas a coisa dura pouco e o concerto vai até ao fim sem mais incidentes. As reacções durante são duas: o pessoal ou está aterrado no chão (especialmente depois de uma broca ou duas) ou então em pé a cantar e dançar a 5ª do Beethoven. No fim, fogos de artifício, e dois minutos depois o dilúvio universal. Era como nadar numa piscina, tamanha era a quantidade de água que nos caía em cima. A populaça evacuou, tudo em ordem, pelos carreiros normais, o que levou uma enormidade de tempo. O efeito manada impedia-os de ver que se fossem pela relva, chegavam lá antes, e nós atrás à espera. Enfim, lá apanhámos o primeiro metro que apareceu, a escorrer água, e assim saímos no meio do Harlem, já noite, no meio da 125.
Caminhámos a pé até casa, ou seja até ao extremo Oeste, o "Harlem gentrificado". Já não chovia tanto; os jovens negros sentavam-se nas escadas dos prédios, que podiam perfeitamente pertencer à super-trendy Greenwich Village, com árvores e tudo. Alguns carros cheios de cromados, um muito antigo, paravam nos semáforos. Uma antiga fábrica, em tijolo, para lá estava com as janelas tapadas, e pouca gente nas ruas. Uma dama atirava a embalagem de batatas fritas para o meio do chão, ao lado do caixote do lixo. A chuva caía iluminada pelos candeeiros de rua, e de vez em quando ouvia-se uma música a bombar de um jipe qualquer que passava de vidros abertos. IN MY HOOD, PUM-PUM-PUM NIGGAS GOT LOVE FOR ME, ETC E TAL PUM-PUM-PUM PUM PUM. Mas desaparece logo, e fica a noite com as fachadas que em tempos foram bastante mais bem tratadas, em tijolo e ornamentos de terracota. Ao longe os projects, bairros sociais a imitar qualquer torre corbusiana, também de tijolo, onde nascem as estrelas de rap e basquetebol e que como de costume rebentaram com a malha urbana densa que era própria daqui.
Apesar das lojas de fritos e das torres-ghetto, ainda existe alguma coisa de autêntico aqui nas velhas casas degradadas que um dia irão ser recuperadas, e nessa noite gostei mesmo do Harlem.
posto pelo Alexandre às 03:53 0 comentários
24 de julho de 2006
pelo Rivoli
vamos torna'-lo privado, que como esta' esta' pior que nunca. Mas alguem acha que e' possivel aquilo dar alguma coisa com a quantidade de espaços que abriram no Porto nos ultimos anos? E' o Teca, a Casa da Musica, o Teatro do Campo Alegre, O Batalha, O S. Joao, o Coliseu, para nao falar dos mais pequenos como a Casa das Artes, os Maus Habitos, O Passos Manuel. No Porto nao ha' mercado para isso tudo, por isso e' normal que alguns entrem em decadencia. O que nao e' normal e' que tenha que ser o contribuinte a pagar por isso...
E que merda de frase e' esta? E' assim que saimos do provincianismo? Com alarvidades reaccionarias destas?
O papel insubstituível do Estado – seja o estado central seja a administração autárquica – na criação e manutenção de espaços de crescimento e afirmação das artes performativas (por definição, as mais sociais das artes) é um dado civilizacional de base que não é questionado em nenhum país ocidental.
O problema e' que o dito Estado, no seu "papel insubstituivel" pos-se a fabricar teatros como se nao houvesse amanha. Agora, o' tio 'o tio que esta' uma miseria e o Estado que venha acudir 'a crise. Acho muito bem que se privatize.
posto pelo Alexandre às 20:42 1 comentários
21 de julho de 2006
20 de julho de 2006
personagens
Nestas férias encontrei por acaso, numa gaveta a abarrotar de livros, um romance policial do Raymond Chandler. Ora, nem por acaso, tinha lido sobre ele num livro sobre livros, o Bibliotopia, que acho que até foi recomendado pelo Pacheco. Assim sem esperar muito, saco do livro e ponho-o na mochila para ter com que me entreter nas acções de formação, enquanto ouço uma abébia qualquer falar sobre "aspirinas" e como o problema dos detectores de incêndio é não se poderem esconder.
Avante; o personagem principal do livro é o detective particular Marlowe, e bastou meia dúzia de páginas para perceber porque é que gosto tanto de gajos como ele, do Scarface e do Mourinho,como personagens de filme. São heróis negros (de carácter...) sem escrúpulos e incorrectos; mais do que tudo, não param frente a nada para alcançar o que querem. São os gajos que dizem aquilo que nós gostaríamos de dizer e que se estão a cagar para o que os outros pensam deles. Tambem nao se dao muito bem com o ingles, mas isso nao os preocupa. Temidos pelos homens e desejados pelas mulheres. E isso deixa-me a mim, mero mortal, cheio de tesão. Nao na vida real - um acabou baleado, o outro sozinho depois de dormir com centenas de gajas, e o ultimo ainda se esta' para ver, e eu quero uma velhice descansada a apanhar sol na praia. Mas estes sao os meus herois preferidos.
posto pelo Alexandre às 02:07 1 comentários
pequenas diferenças
• o imposto não é muito menor em NYC, apesar de não ter a carga estúpida da Segurança Social (que há, mas é menor e paga pelo patrão)(e como se ganha muito mais, também não chateia tanto - o que é frustrante em Portugal é que das migalhinhas que nos dão ao fim do mês ainda temos que dar metade ao Estado para esbanjar);
• ouve-se mais reggaeton, o patamar mais fundo da evolução musical, em Portugal, do que neste país em que saem latinos debaixo das pedras. Pelo menos nas discotecas normais;
• há muito mais bigodes em Portugal, já nem os ditos latinos andam com a vassoura no beiço;
• os gunas são uma espécie típica do Porto, todos com feições brutas e cara de mau a tentar imitar o Cristiano Ronaldo, o brinquinho e o cabelinho e as teshartes cor-de-rosa agarradas ao corpo. Por aqui no hood, são mais blacks com uma calça de licra na cabeça e o boné a dizer NY com a pala toda direita, e a roupa dois tamanhos acima nos corpos já agigantados, como se fossem miúdos desproporcionados.
• o atendimento nas repartições públicas é bastante melhor em Portugal; os funcionários são muito mais simpáticos e parecem perceber mais daquilo que fazem;
• a qualidade de vida e das pessoas comuns é melhor em Portugal. Mas porque não há emprego para gente qualificada, logo os empregos mais reles ainda vão tendo pessoas mais ou menos inteligentes e que vêm de famílias normais. Por aqui, os empregos chungas como atender o público na cafetaria são em 99% dos casos ocupados por cretinos antipáticos; lá está, porque aqui quem tem dois dedos de testa safa-se melhor...
posto pelo Alexandre às 01:46 2 comentários
18 de julho de 2006
e nao se usa
ar condicionado em Portugal. Isto e', nao nas quantidades industriais de ca'. O metro do Porto ja' foi quente, mas o melhor foram as acçoes de formaçao, que ventilaçao so' mesmo com as janelas todas abertas e de vez em quando uma aragenzita passava. Vantagem, as meninas parcamente vestidas a escorrer suor, mas iamos la' morrendo todos de calor. E com frases destas, nao so' de calor, morriamos estupidos - "Ha' uma necessidade de organizar os mercados". La' a ouvi no meio de uns grunhidos monocordicos falados para dentro, de um dos oradores.
Oh, as acçoes de formaçao da Ordem, la' me tiraram as ferias... mas daqui a meio ano ja' la' estou dentro; pode ser que seja o primeiro passo para acabar.
posto pelo Alexandre às 23:20 2 comentários
voltei voltei
e como nao tinha la' internet, nao houve blog que se actualizasse.
Primeira noticia: neste ano da graça do Senhor de 2006, dia 10 de Julho, aproveitei para practicar um acto patriotico. Cessei a actividade em Portugal como trabalhador independente, e assim deixarei de pagar impostos e segurança social e alimentar a cambada de burros que manda no pais.
posto pelo Alexandre às 23:16 1 comentários